domingo, 15 de março de 2009

A doença



Na Idade Média, doença fazia parte da vida quotidiana. O excesso de pessoas nas cidades, a contaminação dos poços, a falta de organização sanitária, as ruas repletas de porcos e ratos, a invasão das pulgas, tudo contribuía para o alastrar das epidemias.

Entre as doenças vulgares para as quais não havia cura contam-se o sarampo, a tuberculose, a disenteria, a difteria, a varíola e a escarlatina. No entanto, a pior de todas as epidemias foi a peste negra.



A peste negra chegou à Europa de barco. Veio da Ásia nos ratos e nas pulgas que abundavam nos barcos que negociavam nas regiões asiáticas e matou entre 20% a 40% da população europeia. Em Portugal, entre fins de Setembro e o Natal de 1348, a peste negra matou cerca de um terço da população.



A doença era aterrorizante. O doente com peste negra agoniava durante um a três dias durante os quais cuspia sangue, delirava e ficava com o corpo cheio de negras (devido a hemorragias internas) e tumores do tamanho de um ovo. A ignorância a respeito da causa da doença e da forma de transmissão tornava impossível a prevenção e a cura.
Nesta época, os médicos acreditavam que o ar propagava o cheiro dos mortos e, assim, o mal. Por isso queimavam-se ervas aromáticas nas ruas.
Desconheciam que era necessário eliminar os ratos e as pulgas.



A maior parte das pessoas infectadas era pobre, pois vivia com precárias condições de higiene e de alimentação.



Por causa das dimensões da catástrofe, acreditou-se que a peste se devia a um castigo de Deus.



Durante os anos da peste negra, os alimentos escassearam porque em muitos lugares não havia quem cultivasse os campos.